Entrevista para o Jornal: Minha Cidade Samambaia


Na luta por cultura, esporte e lazer
Tatu do Bem é conhecido não só sucesso na quadrilha como também por seus projetos sociais.

 

É bem provável que chegar a algumas pessoas de samambaia e perguntar quem é Hamilton Teixeira, poucos conhecem. Mais se chamar por TATU, é fato que muita gente vai saber quem é. O baiano de nascença e brasiliense de coração tem 31 anos de idade, 20 deles morando em samambaia. Casado e pai de dois filhos, sua presença é marcante nos eventos culturais da cidade, principalmente nos que se referem à quadrilha. Idealizador do grupo Pau Melado, montou a equipe com vizinhos em samambaia e já conquistou vários prêmios no país inteiro.

O esporte é outra linha de frente de TATU. Foi ele o fundador da maior torcida do Gama e idealizador da reconstrução do novo estádio Bezerrão. Atualmente está como diretor esportivo do time de futebol do Gama.

Alem das atribuições na cidade, Hamilton Teixeira é assessor parlamentar desde 1998, estando atualmente como assessor especial do vice-governador do GDF, Paulo Octávio.

Juntando suas influências como líder comunitário e a vontade de realizar vários projetos sociais, desportivos e culturais, TATU criou o instituto Sócio cultural Amigos do Bem, com sede na QR 106. E foi lá onde ele recebeu a equipe do “Minha Cidade Samambaia” e falou sobre seus projetos e anseios para o futuro.

Repórter – Como começou o seu trabalho com a comunidade?

Meio festas de São João. Sempre fui incentivador que elas ocorressem por aqui. Então, fui organizando festas juninas aqui e foi crescendo. Entrei para um grupo chamado Quebra Topete, que competia em concurso de quadrilha. Depois sai e montei o grupo Pau Melado, há 10 anos. Hoje ele é o maior campeão de todos os tempos.

Repórter – Por que resolveu criar o grupo Pau Melado?

O grupo surgiu para brincar na quadra onde moro e participar de competições de quadrilha só em Samambaia. Depois participamos de vários concursos de quadrilha fora de época.

Repórter – Por que o senhor ficou conhecido como TATU?

No inicio de Samambaia, tinham muitos campinhos de futebol e eu gostava de jogar. Mais enquanto corria, saia catando uns brotinhos que tinham no meio do campo e comia. Daí o pessoal falava que eu parecia um TATU. O nome pegou e está até hoje.

Repórter – E como virou o TATU do BEM?

Foi em 2006. Tinha um forró que falava, em uma parte da musica, “Está tudo bem”. Daí uma amiga sugeriu que eu usasse.

Repórter – como surgiu a idéia de abrir um instituto social?

Como mexo com quadrilha, não queria me resumir somente aos períodos de ensaio e apresentações, e como estou envolvido também na área de futebol, resolvi criar o instituto para desenvolver ações nas áreas de esporte, cultura e lazer. E decidi registrá-lo para facilitar o recebimento de para investir em ações sociais. Outubro, por exemplo, iniciam-se dois núcleos aqui, vindos do ministério dos esportes, uma chamada Vida Saudável e outro com cursos como aula de futebol, vôlei, handebol, violão, artes marciais, computação, atletismo e, à noite, teremos aulas de forró. Tudo gratuito. E os professores serão treinados e ganharam bolsas de estudos. Quero também aproveitar os espaços que nós temos, pois não adianta só entregar belas quadras de esportes. É preciso dar subsídios para que os projetos sejam desenvolvidos. Quero ainda criar um grupo de quadrilha para três quadras em samambaia. Sei que essas ações não resolvem os problemas sociais, mais ajudam a ocupar os jovens.

Repórter – o senhor acha que as autoridades precisam voltar o olhar para que aspectos de Samambaia?

Em primeiro lugar, já é difícil não temos um representante de nossa cidade eleito. Isso faz com que muitos políticos venham até a cidade somente em época de eleição, para ganhar votos e depois passam quatro anos sem aparecer. Acho que há muitos projetos sociais aqui que poderiam receber mais apoio. Há muitos programas do GDF que não chegam até nós.

Repórter – Diante disso, há um interesse do senhor em concorrer algum cargo político?

Essa é a nossa intenção para 2010, mais não é fácil. Mais temos hoje cerca de 5 mil carros adesivados com a marca TATU do BEM.

Repórter – sendo assim, qual a bandeira o senhor vai defender?

Esporte, lazer e cultura. Quero também capacitar jovens, por que  emprego tem, o que falta é mão de obra qualificada.

 

Última atualização em Ter, 06 de Abril de 2010 20:23